Tomboy (2011), pela definição do "Michaelis", é: menina que se interessa por atividades masculinas. O filme francês homônimo, de Céline Sciamma - permite um diálogo com outros dramas cinematográficos infantis/juvenis, seja com o argentino XXY ou com o belga Minha vida em cor-de-rosa ("Ma vie en rose" venceu o Globo de Ouro de 98) - narra o conflito emanado do (re)conhecimento da sua própria identidade.
"Oh! quantos riscos,
Marília bela,
Não atropela
Quem cego arrasta
Grilhões de Amor!"
Marília de Dirceu, Lira XIII
Marília bela,
Não atropela
Quem cego arrasta
Grilhões de Amor!"
Marília de Dirceu, Lira XIII
Ouro Preto, antiga Vila Rica, é uma cidade mineira cheia de história. A exploração das minas de ouro foi essencial para a construção de inúmeras igrejas no estilo barroco, com esculturas de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e pinturas do Manuel da Costa Ataíde, conhecido como "mestre" Ataíde. Lembramos também do famoso livro do inconfidente Tomás Antônio Gonzaga sobre sua musa, Maria Dorotéia Joaquina, pra quem dedicou suas liras em "Marília de Dirceu".
Inhotim alia um acervo de arte contemporânea a um jardim botânico, fica localizado na cidade de Brumadinho - 50 km de Belo Horizonte. Mesmo com 6 horas de visita não é possível ver tudo pormenorizadamente, portanto, o ideal é fazer 2 visitas. A entrada custa R$20,00.
Na rodoviária de Belo Horizonte, nos dias de sábado e domingo, é possível encontrar ônibus para o museu, que sai às 9:15h e retorna às 17h, da empresa Saritur. O valor da passagem é de R$12,75. A maioria dos visitantes vão de carro. Nunca vi tanta gente num mesmo local para ver arte contemporânea!!! As fotografias falarão por si só sobre a beleza magnífica do lugar...
Na rodoviária de Belo Horizonte, nos dias de sábado e domingo, é possível encontrar ônibus para o museu, que sai às 9:15h e retorna às 17h, da empresa Saritur. O valor da passagem é de R$12,75. A maioria dos visitantes vão de carro. Nunca vi tanta gente num mesmo local para ver arte contemporânea!!! As fotografias falarão por si só sobre a beleza magnífica do lugar...
Primeiramente é necessário destacar que o transporte urbano é deficiente, para não dizer inexistente, em Los Angeles. Li que há algumas décadas a GMC comprou as linhas subterrâneas a as desativou, obrigando a população se tornar motorizada. Como não dirijo, deixei de fazer inúmeras coisas que gostaria. Pois fui com 3 colegas com gostos distintos. Não consegui visitar o Moca (com obras do Basquiat), o Lacma (com o famoso "Ceci n´est pas une pipe" do Magritte) e o The Getty Center. Tampouco visitei os estúdios de cinema e a Muholland Drive (amo o filme homônimo do Lynch). Você tem que fazer a locação do carro pelo site da Hertz, depois pegar um ônibus rotativo da empresa no LAX que te deixará nas dependências da locadora. Compre um cartão telefônico por 5 dólares (farmácia, aeroporto ou liquor store) e fale por longos minutos com o Brasil.
Fiquei hospedada na Sunset Boulevard e não tem como não lembrar de "Crepúsculo dos Deuses", contudo, pelo menos nas proximidades do hotel, não vi glamour. Em Los Angeles você poderá falar espanhol porque será compreendido - até nos mercados, como o Walmart, as pessoas eram bilingues. No centro da cidade quase não via pessoas, apenas carros e carros. Ninguém caminhando...
Os preços em Los Angeles são convidativos, de eletrônicos a comida. Comprei câmera e netbook no Walmart, brinquedos a preço de banana (10x mais baratos que no Brasil)! Ótimas lojas como Bestbuy e Radioshack. Comprei 12 latinhas de pepsi por 2,5 dólares no Target, e um gatorade de 1 litro por 1 dólar! Inacreditável também são os preços de roupas, bolsas e óculos na Ross, dress for less. A única tristeza era pagar 1 dólar na unidade da banana...
A primeira visita foi aquela caminhada básica pela calçada da fama, mas morrendo de fome (só com a comida do avião e do aeroporto de Miami) e nem conseguia tirar fotos (tinha saído do Brasil às 18h do dia anterior e já marcava 17h). Uma passada pelo Teatro Kodak e pelo Teatro Chinês. Ah, se prepare porque o estacionamento (em média 15 dólares) é caro em comparação com o aluguel do carro...
Um lugar bonito para visitar é Venice Beach (passando por Santa Monica), também cenário de inúmeros filmes, tais como "Eu te amo, cara" e também frequentado por artistas da geração beat e outros famosos, como Jean-Michel Basquiat, Jim Morrison, Julia Roberts e Anjelica Huston. Outro ponto turístico, adequado para ver o famoso letreiro "Hollywood", é o Griffith Park. Dê uma voltinha pela Rodeo Drive...hahaha
Aproveite também o famoso parque de montanhas-russas, Six Flags - compre o ingresso pela internet e pague a metade do preço. Coma no Farmers Market, um mercado cheio de estilo com comida para todos os gostos.
Links:
www.westland.net/beachcam/
Visitar a Disneyland nas férias norte-americanas exige muita paciência: nunca vi tantas crianças no mesmo lugar. Foi o primeiro parque idealizado por Walt Disney, antes da Disney World. O parque fica em Anaheim, no estado da Califórnia. A entrada custou 72 dólares (2009) e o parque fica aberto até 21h.
Aproveitei para conhecer Montevidéu numa promoção do Smiles. Foram apenas 5 mil milhas ida e volta! O aeroporto Carrasco é pequeno, porém,
muito limpo e novo (em comparação com o Galeão e o Guarulhos). Optei por levar reais e troquei apenas o valor para pagar o táxi (cerca de 100 reais!), depois fiz o câmbio no centro da cidade. A relação
de câmbio é R$1 = 10 Pesos Uruguaios (agosto de 2011). Descobri que tem um ônibus
turístico que passa no aeroporto e deixa no terminal rodoviário.
Uma das coisas mais interessantes de fazer em Nova York é visitar a "museum mile", ou melhor, a 5ª Avenida, também famosa por suas lojas imortalizadas pelo cinema e pela TV, como a Tiffany & Co em "Bonequinha de Luxo". Como passar pela Louis Vuitton e não lembrar da Carrie Bradshaw em "Sex and the city" ou pela "Prada" e não lembrar de "O diabo veste Prada"?
Visite também: Tigre, Buenos Aires e (Zoo) Lujan
Buenos Aires é um dos destinos preferidos dos brasileiros por dois motivos: proximidade e valor do Peso argentino em relação ao Real. Resolvi fazer passeios que não tinha feito da outra vez: finalmente conhecer o Zoo Lujan. Andar de Buquebus até Colonia del Sacramento, no Uruguai. Visitar o MAM. Assistir ao show de Tango. Fazer a visita guiada no estádio La Bombonera. O que achei que deveria repetir: a pizza maravilhosa do Banchero, helados Freddo, Café Tortoni.
Buenos Aires é um dos destinos preferidos dos brasileiros por dois motivos: proximidade e valor do Peso argentino em relação ao Real. Resolvi fazer passeios que não tinha feito da outra vez: finalmente conhecer o Zoo Lujan. Andar de Buquebus até Colonia del Sacramento, no Uruguai. Visitar o MAM. Assistir ao show de Tango. Fazer a visita guiada no estádio La Bombonera. O que achei que deveria repetir: a pizza maravilhosa do Banchero, helados Freddo, Café Tortoni.
Muitas coisas me chamaram atenção em BA. O “Museo Nacional de Bellas Artes” é incrível: não cobra ingresso e tem um acervo extraordinário. Fiquei admirada com a coleção impressionista, com Pisarro, Monet, Manet, Renoir, Morisot, Degas, Gauguin, Sisley, entre outros. Encontramos ainda Van Gogh, Rodin, Cézanne, Klee, El greco, Goya, Picasso, Tiziano, Rembrandt, Lucio Fontana e muitos outros.
A aterrissagem é incrível, pois sobrevoa os Andes. E a primeira constatação: não existem nuvens no céu e não chove no verão.
Como a viagem foi decidida no fim de semana e voamos na segunda-feira, apenas no ponto de táxi do aeroporto conseguimos encontrar um hotel, com quarto duplo, para dividirmos as despesas e ficar mais barato para ambos. Por incrível que pareça, o hotel era muito bem localizado, perto de todos os pontos turísticos, no “Parque Forestal”, que é um parque linear às margens do Río Mapocho, que corta toda Santiago e abriga os museus MAC e MNBA.
|
O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito.
Fernando Pessoa
Reflection (self portrait), 1985 |
Algumas pérolas emanadas do livro "Aforismos para a Sabedoria de Vida", do filósofo alemão Arthur Schopenhauer:
"Convém não fazer castelos de vento, pois são muito custosos; imediatamente depois temos que demoli-los com muito pesar".
Conceptual art is good only when the idea is good.
Sol LeWitt
Jenny Holzer - Truisms |
Jenny Holzer é uma artista conceitual norte-americana conhecida principalmente por suas grandes exposições públicas, que incluem anúncios em outdoors, projeções em edifícios e outras estruturas arquitetônicas, bem como displays eletrônicos iluminados. O foco principal de seu trabalho, que não necessariamente segue uma lógica, é o uso de palavras e ideias no espaço público.
David Hockney é um pintor inglês associado ao movimento da Pop Art. Viveu por anos na Califórnia, que o inspirou, resultando numa série de pinturas de piscinas, gramados, borrifos de água, etc. O artista tem o domínio do desenho e costuma utilizar fotografias para realizar suas pinturas de paisagens e de retratos.
David Hockney: Me Draw on iPad |
Clock (One and Five), 1965 |
A arte conceitual culmina todo um percurso da arte contemporânea ao romper com os suportes tradicionais. Os artistas rompem com a materialização do objeto, com a obra de arte, cedendo espaço para as ideias, os projetos, os esboços. Estimulam a imaginação dos espectadores, abrindo espaço para ampla reflexão e ação. Situa-se, por muitas vezes, no campo filosófico.
Faleceu no dia 26/05/11 a artista plástica mexicana de origem inglesa Leonora Carrington. Em 2011, Elena Poniatowska escreveu "Leonora", um romance inspirado na vida da artista e a descreveu: "tão única como o fora Frida Kahlo na sua época, e que quis, tão pouco como ela, tornar-se figura pública". Carrigton teve um romance com o pintor surrealista Max Ernst e manteve contato com os artistas do movimento surrealista: Breton, Duchamp, Dalí, etc.
Será que Madonna já se inspirou em Carrington? Vocês lembram do clipe Bedtime Story?
O jornal "Folha da Bahia" (02/11/2004) noticiou a exposição Registros-resquícios/Maio 2004, no Goethe-Institut de Salvador, e comentou sobre o estapafúrdio cartaz encontrado nas ruas da cidade (Piedade/Carlos Gomes), segue o trecho: "Você pode até ter visto pelas ruas da cidade, afixado em diversos postes um cartaz com o seguinte texto: "Compra-se um coração", com telefone e e-mail para contato. Poderia ser real, alguém comprando órgãos, assim de maneira tão aberta? Ou simplesmente alguém querendo encontrar outro amor? A interpretação - ou não - ficou a cargo de quem leu". E, acreditem, recebi ligações. Algumas hilárias.
Danielle Lima, "Compra-se um coração", interferência ambiental, 2004 |
O trabalho participou do 1º Salão de Maio - intervenções urbanas, Salvador, BA e da exposição Registros-resquícios, Goethe-Institut, Salvador, BA, 2004.
Adoro coração, seja o ícone ou o órgão. Berço de todos os sentimentos. Kitsch. Segundo Leonilson, "Expor o coração é ato doloroso, sobretudo, em tempo de cinismo e ceticismo. O coração como órgão muscular, bombeador de sangue através de veias e artérias, centro vital das emoções e sensibilidades do sujeito, repositório de seus sentimentos mais sinceros, profundos e íntimos, e, em instância última, o local onde a desrazão e todas suas ambigüidades encontram conforto e refúgio."
Danielle Lima
O vídeoarte "Compra-se coração vivo" participou do 2º Salão Internacional de Arte laisle.com e do Fraenkelstein Salon – London - Project 142, Londres, Inglaterra, 2004.
Looking at Music 3.0 é uma exposição em exibição no MoMA. Cerca de 70 obras de artistas e músicos estão na mostra, incluindo Beastie Boys, Kathleen Hanna e Le Tigre, Keith Haring, Christian Marclay, Parrino Steven, Run DMC. Destaco Laura Levine, que participa da coletiva. Fotografou inúmeros astros da música, entre eles: Madonna.
Na esfera da linguagem fotográfica, um dos trabalhos de apropriação mais aclamados é o de Sherrie Levine, na série “After Walker Evans”, pois, a despeito da autoria, toma a fotografia, do legendário fotógrafo da depressão norte-americana, como sua: “O trabalho de Sherrie Levine [...] observa as imagens e fala a respeito da propriedade delas, do problema de a quem elas pertencem”[i].
Arthur Danto (filósofo e crítico de arte norte-americano) expõe "é uma interpretação que a informação visível por si só não pode fornecer", ou seja, seria uma metáfora levada ao limite, ao deixar óbvio o caráter de simulação e cópia.
Arthur Danto (filósofo e crítico de arte norte-americano) expõe "é uma interpretação que a informação visível por si só não pode fornecer", ou seja, seria uma metáfora levada ao limite, ao deixar óbvio o caráter de simulação e cópia.
Levine trabalha aquilo que não está visível aos olhos, onde imagens se relacionam com imagens, refletindo-as, representanado-as, imitando-as. A inspiração e espontaneidade são deixadas de lado, as figuras são encaminhadas e trabalhadas para fazer uma eloquência óbvia.
A artista trabalhou com apropriações de forma a romper com os estereótipos de originalidade da obra de arte. Nos faz perceber que tudo pode ser arte, já que qualquer escolha é possível. Regras e parâmetros são desfeitos e a liberdade artísca no campo da criação fica em voga.
Torna-se evidente a era dos simulacros e simulações [ii], chegando a um ponto que a cópia é mais “original” que o “original”, ou melhor, da ideia do modelo, já que não temos um original. Ao olharmos a fotografia de Evans nos remetemos imediatamente ao trabalho de Levine.
Site de Sherrie Levine: http://www.aftersherrielevine.com/
Fotografias de Walker Evans: http://veja.abril.com.br/300909/beleza-americana-p-170.shtml
Fotografias de Walker Evans: http://veja.abril.com.br/300909/beleza-americana-p-170.shtml
[i] DANTO, Arthur. “Arte sem paradigma”, em Arte e ensaio – Revista da Pós UFRJ, nº7.
[ii] Termo cunhado por Baudrillard.
Basquiat, the radiant child (2010) é um documentário de Tamra Davis sobre o artista Jean-Michel Basquiat. Madonna e Jean tiveram um breve relacionamento, que é exposto no longa. Segundo Christopher Ciccone, irmão da rainha do pop, ela guarda (ou guardava) as pinturas que ganhou de Jean no lavabo!!! Screenshots!
A introdução do livro de Herman Melville contém um grande ensinamento filosófico ...
"Chamai-me Ismael. Há alguns anos - quantos precisamente não vem ao caso - tendo eu pouco ou nenhum dinheiro na carteira e sem nenhum interesse em terra, ocorreu-me navegar por algum tempo e ver a parte aquosa do mundo. É a minha maneira de dispersar o 'spleen' e de regular a circulação do sangue. Sempre que sinto na boca uma amargura crescente, sempre que há em minha alma um novembro úmido e chuvoso, sempre que dou comigo parando involuntariamente diante da empresa funerária ou formando fila em qualquer enterro e, especialmente, sempre que minha hipocondria me domina a tal ponto que necessito apelar para um forte princípio moral a fim de não sair deliberadamente à rua e atirar ao chão, sistematicamente, os chapéus das pessoas que passam...então, calculo que é tempo de fazer-me ao mar, e o mais depressa possível. O mar é meu substituto para a pistola e a bala. Com alarde filosófico Catão se arremessou sobre sua espada; quanto a mim, embarco tranquilamente. Não há nisso nada surpreendente. Se a maioria dos homens soubesse, fosse qual fosse a sua categoria social, compartilharia comigo, numa época ou noutra, os sentimentos que o oceano me inspira."
Herman Melville, Moby Dick
“Desejais prevenir os crimes? Fazei leis simples e claras [...]. Que elas não favoreçam qualquer classe em especial; protejam igualmente cada membro da sociedade; tema-as o cidadão e trema apenas diante delas.”
Cesare Beccaria
O início do século XX, no Brasil, foi marcado pelo crescimento das revoltas populares, como os cangaceiros que se viram explorados pelos latifundiários. O Código Penal Brasileiro, de 1940, foi criado por legisladores da elite, com temor aos ataques políticos ao patrimônio através do socialismo, e ainda, com o crescimento das revoltas populares, como a Revolta da Vacina e a grande indignação de Virgulino Ferreira e seus seguidores, motivo que levou o legislador a ser patrimonialista, ou seja, o direito penal privilegia os interesses das classes dominantes desde sua criação.
"Baby I can't get it enough (you get it)
If you do your homework (work)
Baby I will give you more (work)"
If you do your homework (work)
Baby I will give you more (work)"
Madonna/Spanish Lesson
Recordei-me de uma pesquisa informal que havia realizado há alguns anos, o enfoque era: as novas graduações. Motivada principalmente pelo curso intitulado “Madonna Studies”, e não se trata da Madonna católica, até porque os princípios de formação religiosa como base para a estruturação do ser humano é tipicamente moderno, e, parafraseando Baudrillard, vivemos no mundo dos simulacros, então se trata da Madonna ícone Pop.