Bangkok, entre o caos e a paz

Bangkok recentemente superou Londres como destino turístico mais procurado do mundo. E com razão: a capital tailandesa tem um aeroporto que conecta a Ásia com o resto do planeta, além de ser, por inúmeras razões, um espetáculo para os sentidos.

A simbólica Flor de Lótus
 
Minha viagem para o Sudeste Asiático iniciou e terminou em Bangkok, totalizando 5 dias - com alguns bate-volta para outras cidades próximas. Na Ásia foram 18 dias (queria ter ficado 30). 

Comprei a passagem pela Qatar Airways (considerada uma das 7 companhias 5 estrelas pela skytrax), portanto, tive que me deslocar do Rio de Janeiro para São Paulo (e, definitivamente, não faria novamente, pelo menos no retorno). A passagem São Paulo-Bangkok-São Paulo custou R$2.800,00 (atenção: a compra realizada no site da Qatar tem IOF). E o voo Rio-São Paulo-Rio custou R$200,00.

O avião decolou na hora marcada. Logo após a decolagem foi servida uma refeição (existem duas opções sempre). Os comissários não são simpáticos, mas tentam ser atenciosos. A bebida alcoólica também tem que ser solicitada (sem custo), ao contrário de companhias como Air France ou Lan que servem vinho com as refeições. Algumas vezes, na ida ao toilet (devo ter levantado umas 30 vezes), solicitei algo pra comer - os petiscos não ficam acessíveis como na KLM ou Air France. Tinha sorvete Häagen-Dazs, sanduíche e frutas.

Refeição na classe econômica da Qatar
 

Após uma longa viagem, o avião faz conexão em Doha, capital do Qatar, por duas horas. O site da cia. aérea informa que, se a conexão for superior a 8 horas, eles providenciam hotel e visto para o cliente. Pensei em comprar uma passagem com o período de conexão, mas acabei desistindo.

É uma viagem longa, que dura aproximadamente 24 horas. De repente, você perde totalmente a noção do tempo e não sabe se é dia ou noite. O jet lag vai te acometer, mas tente, de qualquer maneira, obedecer o horário do local, não o biológico.

Não é exigido visto para brasileiros que visitam a Tailândia, todavia, é obrigatória a apresentação do certificado internacional de vacina de febre amarela. Então, para evitar perda de tempo, primeiro passe com o passaporte e o certificado num guichê antes da  imigração. Vai preencher um formulário e receber um carimbo no documento de entrada no país.

O moeda da Tailândia é o Baht, 1 Real = 13 baht (2013) aproximadamente. Faça o câmbio dentro do aeroporto para poder pagar o táxi e as demais despesas do primeiro dia.
 O pior serviço na Tailândia, ou melhor, o mais estressante: táxi. Bem, saiba que o valor real do aeroporto até a cidade é de, no máximo, 200 bahts, mas vão cobrar 750, no mínimo. Aprendi que você tem que insistir para ligarem o taxímetro, pois as corridas são muito baratas. Saí de alguns carros algumas vezes diante da recusa. Insista para que o taxímetro seja ligado. 


Outra opção para sair do aeroporto é o Airport Rail Link, um excelente serviço. Excelente para quem vai se hospedar na região próxima a Sukhumvit, Nana ou Siam, mas ficará distante para quem se hospeda na região da Khao San Road, por exemplo.


Tuk tuk
Bangkok é uma cidade enorme com um trânsito caótico, portanto, prefira sempre o metrô/skytrain/barco se pretende chegar em algum lugar com o horário marcado. O serviço é bom e barato. Evitei os tuk tuks, pois é um serviço caro, comparado ao táxi, e a cidade é muito quente.

Rua do Hotel Tara Place, próximo a Khao San, com um trânsito menos caótico
Outra peculiaridade da cidade é a segurança. Em nenhum momento me senti insegura. Inclusive, no último dia, antes da volta para o Brasil, estive no shopping próximo ao hotel e algumas lojas estavam abertas com plaquinha "volto já".

A gentileza é um hábito no Sudeste Asiático, me levando ao questionamento se tem alguma relação com a religião que professam: o budismo (mais de 90% da população é budista). Os tailandeses são amáveis e fazem de tudo para que a comunicação aconteça. 

Me hospedei em dois hotéis em duas regiões distintas na capital tailandesa. O primeiro hotel, Tara Place, fica a 15 minutos andando da turística Khao San Road. Indico de olhos fechados. Embora esteja próximo do agito, fica num lugar tranquilo. Além de ser novinho e com wi-fi excelente.

No fim da viagem, fiquei 4 dias no Windsor, que cobrava R$100 a diária, enquanto no Brasil custa R$800. O hotel fica na Sukhumvit, região de shoppings. Dá pra ir caminhando pro skytrain ou pro shopping Terminal 21 - 7 andares totalmente temáticos e um mercado ótimo: Gourmet Thai. No entanto, preferi me hospedar próximo a Khao San.

Depois de um longo banho, chegou a hora de caminhar pela cidade. O idioma tailandês é incompreensível, mas as placas possuem nomes com grafia ocidental. Fui avisada para evitar a ingestão de comidas e bebidas na rua: não resisti ao suco de romã - que adoro. Depois dei uma caminhada e nascia o primeiro contato com os belos templos budistas - abundantes pelo país. E finalmente cheguei no destino final planejado: Wat Pho, famoso pelo Buda deitado. 



 

Monges no Wat Pho
Na saída do templo, morta de fome, encontrei o Pad Thai mais gostoso do mundo! Sentada num banquinho, na rua, comi e fui feliz. O Pad Thai é um dos pratos mais tracionais da Tailândia e cada um prepara a sua maneira. É feito com macarrão de arroz, amendoim, frango, carne ou frutos do mar, pepino, ovos, broto de feijão, limão e cebolinha. Em síntese: uma delícia.

Pad thai
Chao Phraya River
Meu coração frugívoro palpitou forte e degustei uma dragon fruit (pitaya) como se não houvesse amanhã, na barraca em frente ao "restaurante" supracitado, entrada da estação do barco que faz apenas a travessia do rio, no Pier 8.


A tarada das frutas

O simpático vendedor

Estive no shopping de informática (para quem tem curiosidade por suplementos e quinquilharias): Pantip Plaza. Comprei apenas uma capa que carrega o celular e custou 1/3 do preço do info shopping do Rio.


Pantip Plaza
Para finalizar a primeira noite, conheci o point mais turístico de Bangkok: Khao San Road (pronunciam "kao san lôd"). É a rua mais incrível que já conheci. Impossível não se apaixonar. São tantas etnias entrelaçadas. Lojas, barracas de comidas, bebidas, escorpiões, massagem tailandesa. Ufa! É uma loucura. Imperdível. Voltei caminhando da Khao San para o hotel, após 1 da manhã, ruas vazias e muito tranquilo. E ainda, se tiver que contratar algum serviço turístico, eis o lugar ideal. Custa 10% do valor que é cobrado pelas agências na internet.
Khao San Road
Petiscos (risos)


 
 
Ocorreu apenas um imprevisto: senti dores no pé durante a viagem e, ao tirar o tênis, no hotel, meu dedão estava vermelho e inflamado (risos). Morrendo de medo, mandei uma mensagem por whatsapp para meu amigo Danilo, que prontamente me disse para comprar uma pomada antibiótica. Como pedi-la? Só encontrei farmácia na rua turística e disse para a atendente que precisava de um remédio para o meu dedão (mostrei a situação). Ela pegou o band-aid! Disse que meu pé cairia. Ela trouxe exatamente a pomada que precisava!

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Experiências incríveis!