Hanói, a capital do Vietnã

Quando estava elaborando o roteiro, fiquei dividida entre Hanói, a capital do Vietnã, e Ho Chi Minh, antiga Saigón. Optei por Hanói para conjugar com a visita a uma das 7 novas maravilhas da natureza (nós temos as Cataratas do Iguaçu e a Amazônia): Ha Long Bay.

O Vietnã exige visto para brasileiros e carta-convite (vi alguns turistas proibidos de embarcar em Bangkok com destino ao Vietnã pela ausência do documento). O primeiro passo é solicitar a carta a uma empresa, que te enviará por e-mail. Utilizei o serviço desta: http://www.vietnamvisapro.com/ Paguei 10 dólares com paypal e no dia seguinte já tinha o documento indispensável para entrar no país.

Esteja munido de fotos 5x7 (só pediram uma). Leve dólares para pagar o visto (pode ser solicitado também em Brasília).  A modalidade é "visa on arrival". Dirija-se ao posto do visto, preencha um formulário, entregue-o com passaporte e foto e a quantia de 45 dólares (varia de acordo com o número de entradas e o período de estadia).

O voo para Hanói partiu do Suvarnabhumi International Airport em Bangkok - aeroporto que merece todos os elogios, além de enorme e bonito, tem rampa rolante, viabilizando o acesso dos carrinhos com as malas para os diversos andares. Escolhi a passagem pela VietJet Air, uma low cost vietnamita, que custou apenas R$100,00. A roupa dos comissários merece destaque (risos), pareciam colegiais.
Chegamos e o táxi já aguardava (o pacote incluía transfer, hotel e barco em Halong Bay) . Do aeroporto de Noi Bai até o centro dura 1 (uma) hora. Outra opção para sair: pegar o ônibus da VietJet, que custa 3 dólares.

A moeda do Vietnã é o Dong, 1 Real = 9.000 dongues. É a cidade mais barata que já visitei.

O hotel escolhido foi o Golden Sun Palace, que fica no coração do Old Quarter e próximo a diversos pontos turísticos da cidade. Foi a melhor recepção da viagem, além do suco de melancia, a simpatia da gerente Flower é algo inesquecível. O quarto é pequeno, mas confortável, wi-fi excelente e o melhor café da manhã da Ásia, personalizado e tinha até pão francês. Recebi todas as informações que solicitei. Ressalto que é o povo mais simpático do mundo. Sorridentes e gentis.

Hanói é uma cidade poluída. Muitos habitantes usam máscaras cirúrgicas, mas acho exagero. É curioso observar o trânsito mais caótico do mundo. Carros, bicicletas, tuk tuks e muitas motos, que carregam praticamente tudo, de vasos a porcos. O curioso é que não tem sinalização e ninguém é atropelado. A tática é levantar a mão e jogar pro Buda. Andar calmamente e ter fé para chegar ao outro lado.


A primeira visita foi ao Water Puppet Show, que fica a poucos metros do hotel. A entrada custava 100.000 dongues. O que mais me impressionou foi o som dos instrumentos tipicamente orientais. No final, comprei um boneco por 80.000 dongues para minha sobrinha. Depois comprei outro no comércio.


Jantei no restaurante próximo ao teatro de bonecos, recomendado pelo guia Lonely Planet: Green Tangerine. Com cozinha franco-vietnamita. O preço, para o país, é salgado, mas infinitamente mais barato que qualquer restaurante do mesmo nível por aqui. Entrada, prato principal e vinho saiu por menos que R$50,00. Só fiquei decepcionada com a quantidade de ravióli (risos).



No dia seguinte, acordei às 9 horas e parti para a rua, com o intuito de cumprir o roteiro programado, após o café da manhã. A maioria dos lugares é acessível caminhando, só tomei táxi para ir a um monumento. Li que é recomendável pegar os táxis estatais, pois teve registro de sequestro relâmpago a turistas.


A poucos passos do hotel está o Hoan Kiem Lake, com uma bela ponte vermelha. No lago, encontramos o "Ngoc Son Temple", templo budista com entrada a 20.000 dongues.




Depois segui para o "Temple of Literature", dedicado ao filósofo chinês Confúcio. A entrada custa 20.000 dongues. Um lugar bonito, que estava com muitas turmas fazendo a fotografia da formatura. A lojinha aceita cartão de crédito/VTM e é uma tentação, além de baratíssima.


Essa bebida deve ser forte...
 





O "Fine Art Museum" está localizado numa rua atrás do Templo da Literatura. O tíquete custa 20.000 dongues. O museu fica num prédio imponente com 3 andares de exposições. É interessante para conhecer um pouco do universo artístico vietnamita, talvez bastante desconhecido pelos ocidentais.




Tio "Ho"

Segui em busca da "Flag Tower", sim, sempre caminhando. É uma torre construída em 1982, que serviu como posto militar, além de ser uma das poucas estruturas que não foram destruídas durante a ocupação francesa.

Flag Tower
Depois passei diante do "Ho Chi Minh Mausoleum", mas não visitei o interior. É um monumento dedicado ao líder vietnamita. Naquela praça Ho leu a declaração de independência do Vietnã.

Ho Chi Minh Mausoleum
O "One Pillar Pagoda" fica próximo ao mausoléu. O templo budista foi criado pelo imperador Ly, após sonhar que conhecia o bodhisattva Avalokiteshvara, que lhe entregava um filho bebê sentado em uma flor de lótus. Após o sonho, conheceu uma camponesa que engravidou, gerando seu filho.

 




Na região do One Pillar Pagoda, comi uma das frutas mais exóticas da viagem, no entanto, continuo desconhecendo o nome. Parece uma goiaba, mas a casca é lisa e não comestível, no interior tem um líquido semelhante ao leite. Muito boa e foi dada pela vendedora.

Finalmente precisei tomar um táxi para visitar o último ponto turístico do dia: Tran Quoc Pagoda, que fica nas margens do Ho Tay (West Lake). É o templo mais antigo de Hanói, construído no século VI e uma das paisagens mais pitorescas da cidade.


Comprei o Nón Lá, típico chapéu vietnamita.



Depois do longo percurso turístico, voltei para o hotel, tomei banho e fui comer no excelente restaurante "Green Mango", localizado praticamente na porta, além da boa recomendação do Lonely Planet. Para finalizar o dia, andei por várias horas no comércio local, que é enlouquecedor pela variedade e com preços inimagináveis de tão baratos.

Deliciosos "spring rolls". São diferentes dos tailandeses, feitos com folha de arroz.
 

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